– A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 1% da população MUNDIAL esteja dentro do espectro do autismo, a maioria sem diagnóstico ainda. O Brasil pode ter mais de 2 milhões de autistas.
– 97% a 99% dos casos de autismo podem ter causa genética, sendo 81% hereditário; e 1% a 3% relacionados a causas ambientais, ainda controversas.
– Nos EUA, a prevalência de autismo é de 1 a cada 36 crianças e o número de meninos é 3,8 vezes maior que o de meninas.
Fonte: Tismoo
Para chegar ao seu resultado, a produção da Casa dos Sentidos inicia com um trabalho de pesquisa e treinamentos práticos, acompanhados por especialistas em psicologia, pedagogia, fonoaudiologia e terapia ocupacional. Todos os processos e intervenções são validados por profissionais da área. O projeto tem apoio dos maiores institutos de pesquisa especializados no Transtorno do Espectro do Autismo: a Tismoo e o The Muotri Lab (da Universidade de San Diego, Estados Unidos), que investiga os mecanismos fundamentais para o desenvolvimento do cérebro e de transtornos como o autismo.
Uma em cada 36 crianças de 8 anos são autistas nos Estados Unidos, o que significa 2,8% daquela população. O dado divulgado em 2023 é do CDC (Centro de Controle de Prevenção e Doenças), do governo dos EUA. O número desse estudo científico, com mais de 226 mil crianças, é 22% maior que o anterior, divulgado em dezembro de 2021. No Brasil, não temos números de prevalência de autismo. Se fizermos a mesma proporção desse estudo do CDC com a população brasileira, poderíamos ter cerca de 5,95 milhões de autistas no Brasil.
Em Curitiba, parceiros como o Centro de Psicomotricidade Água e Vida, a União de Pais pelo Autismo , são fundamentais para a contextualização do tema e a forma de abordagem. A construção de um projeto artístico com embasamento científico é um grande desafio que faz com que a proposta integre ainda mais setores e contribua efetivamente com a transformação social a partir da arte.
“A Casa dos Sentidos, inspirada nas experiências concretas e no olhar para a criança com TEA, aproxima a aptidão emocional e sua maravilhosa sensibilidade, pois ao experimentar no contato com o objeto, uma forma ou um material, um tipo especial de emoção, de prazer estético e, em seguida, com o olhar sensível dos artistas, coloca-as em um lugar de direito e de representatividade sincera para as demais pessoas que ali visitam e apreciam suas manifestações, pelo brilho da arte que faz com que as demais pessoas possam ouvir de modo mais puro a sua própria essência” ressalta Jocian Machado Bueno, pesquisadora da Casa dos Sentidos.
Jocian Machado Bueno, pesquisadora da Casa dos Sentidos.
A proposta não pretende falar sobre autismo de forma convencional ou educativa, pelo contrário, ela é um recorte de sensibilidade, uma leitura dos artistas sobre o universo com o qual se depararam. A inclusão, aí, se dá em diversas vias: os artistas que adentraram um mundo novo, os autistas que se deparam com desafios e o público que irá vivenciar uma onda de sensações e de reflexões inspiradas nesses encontros. E assim, na confluência do caminho, todos são bem-vindos a (re)pensar a inclusão não como reticência, mas como ponto de chegada.