uma casa nunca é
apenas uma casa

A palavra casa vem do latim e originalmente designava uma cabana, uma choça, uma morada rural de pequeno porte. Embora hoje ela tenha incorporado habitações de todas as categorias econômicas e sociais, se pensarmos bem, ela continua sendo esse lugar onde o tamanho é aquele que cabe em nosso coração. É o espaço do acolhimento e do afeto e, assim sendo, pode continuar essencialmente simples. A Casa dos Sentidos tem essa medida exata, toda alicerçada na arte para provocar diversas sensações a cada cômodo. Inspirada na experiência com crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), essa morada cenográfica não é fixa, ela é temporária e transita como experiência pelos sentidos da audição, do paladar, do tato e da visão. Uma mistura de instalação artística com vivência lúdica e sensível cuja combinação fala sobre inclusão – esse tema tão relevante que se apóia no diverso para ampliar nossa visão de mundo. É assim, abrindo novas portas e janelas, que vamos receber você.

“A arte sempre foi um meio poderoso para a tradução do indizível e dos sentimentos que habitam em cada um. Esse projeto cria um novo conceito de aplicação artística construída a partir de um recorte da comunidade e suas particularidades. Nossa intenção com essa mostra é utilizar a arte para essas representações e assim contribuir para seu papel transformador”

Carolina Montenegro, diretora da Montenegro Produções Culturais

O PROJETO

Idealizado pelas produtoras Montenegro e Guanabara Produções Culturais, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, a exposição de artes visuais Casa dos Sentidos, revela o olhar particular do universo de crianças com o Transtorno do Espectro do Autismo. Com 120 metros quadrados de área expositiva, a obra é representada por uma construção cenográfica simbólica e lúdica, que tem como objetivo a conexão da arte com propostas que gerem inclusão, relevância e transformação social. Os ambientes, distribuídos em cinco cômodos distintos, trazem assinaturas de artistas, designers e arquitetos e autistas que conduziram a experiência com ferramentas que estimulam os cinco sentidos do visitante, em leituras sensoriais e poéticas.

DESTAQUE

  • PROMOVER
    a inclusão social de crianças autistas, por meio de oficinas artísticas;
  • TRABALHAR
    diferentes manifestações artísticas como instrumentos de expressão e autoconhecimento;
  • APROXIMAR
    o universo das pessoas com Transtorno do Espectro Autista da sociedade;
  • CRIAR
    uma instalação artística interativa e sensitiva inspirada pela arte e visão de mundo das crianças autistas.

MAKING OF da primeira edição, 2022.

COMO FUNCIONA

FASE 1 | 25 OFICINAS ARTÍSTICAS + grupo de crianças autistas
A primeira etapa prevê a realização de 25 VIVÊNCIAS ARTÍSTICAS de criatividade com grupos de 10 crianças autistas, orientadas por especialistas, monitores e artistas. Totalizando a participação de até 250 CRIANÇAS.
Por meio de técnicas diversas, as crianças são convidadas a participar das dinâmicas, representando seus universos particulares por meio das manifestações artísticas.

FASE 2 | ARTISTAS+ releituras de trabalhos
Após a execução da primeira etapa, um coletivo de artistas, designers e arquitetos é convidado a trabalhar com releituras dos trabalhos desenvolvidos pelas crianças, de forma a criar representações artísticas e funcionais que simbolizem o universo deste público por meio da construção de uma CASA CENOGRÁFICA.

FASE 3 | OFICINAS CRIATIVAS + 2 mil crianças
Como forma de compartilhar a experiência do projeto com mais crianças e trabalhar com conteúdo transformador, a produção do projeto disponibiliza oficinas de criatividade para todas as instituições beneficiadas no projeto e que já desenvolvam um projeto com crianças autistas. A proposta pedagógica das oficinas, bem como material de execução, é disponibilizado pelo projeto para 2.000 CRIANÇAS.

a palavra-chave da segunda edição

Na edição 2023-2024, a Casa dos Sentidos ocupará uma área de aproximadamente 80m2, dividida em cinco ambientes expositivos e modulares. Cozinha, quarto, sala de jantar e banheiro serão criados por um novo grupo de artistas, destacando especialmente as técnicas de ilustração e graffiti. Os espaços, incluindo a parte externa, exploram os sentidos humanos a partir das percepções de crianças autistas, como na primeira edição – sendo este o ponto de partida sensível para todo o desenvolvimento do projeto.

Esta é uma oportunidade para o encontro com o que é diferente do habitual, para enxergarmos o mundo sob outra perspectiva. É um desses lugares onde nos deparamos com (in)cômodos sensoriais: para emocionar, questionar e encantar. Uma casa aberta para todas as pessoas que acreditam no poder da diversidade e na beleza que dela floresce.

ASSISTA ao teaser da edição 2023-2024

CAROLINA MONTENEGRO,
idealizadora e diretora

Carolina Montenegro é a idealizadora e diretora do projeto Casa dos Sentidos. É ela quem teve a ideia de criar uma casa onde a inspiração artística fosse baseada na visão de crianças autistas.

Esse ano, na segunda edição do projeto, a Carol é quem organiza tudo para levar a mostra a 7 cidades e ainda, a primeira experiência internacional da empresa, que deve acontecer na Califórnia, na Universidade de San Diego.

JOCIAN MACHADO BUENO,
pesquisadora

Mestre em Educação, com especialização em Exercício e Saúde, em Psicomotricidade, em Educação Especial, em Neuropsicologia. Graduada em Educação Física e em Psicologia, Psicopedagoga, Psicomotricista, Psicomotricista Aquática, Terapeuta Internacional Avançada – Abordagem DIR Floortime. É Diretora do Centro de Psicomotricidade Água e Vida e autora de inúmeros livros.

NONNIE FENIANOS,
arquiteta

Arquiteta formada pela Universidade Tuiuti do Paraná. A profissional atua há 10 anos em projetos voltados para residêncial, comercial, piscinas, projetos culturais, cenográficos, interiores e reformas. Desde 2018 é a arquiteta atuante como criadora e coordenadora de projetos na Montenegro Produções. Na Casa dos Sentidos, Nonnie é quem tira as ideias do papel e concretiza em plantas e projetos.

GIVAGO FERENTZ,
arquiteto

Arquiteto formado pela Universidade Positivo (UP), de Curitiba, com pós-graduação em Obras Públicas de Edificações, pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), e em Gestão de Escritório de Arquitetura, pela Universidade Positivo. Atualmente, além de nomear e encabeçar os principais projetos da Givago Ferentz Arquitetura, assume a posição de Coordenador na Câmara Técnica de Arquitetura de Interiores no Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Paraná (CAU PR)